segunda-feira, 28 de junho de 2010

SIMPLIFIQUE A SUA VIDA.



Tudo o que é belo tende a ser simples. Afirmação generalizante? Não sei. O que sei é que a beleza anda de braços dados com a simplicidade. Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins. Vida que se ocupa de ser só o que é.
Não há conflito nas bromélias, não há angústia nas rosas, nem ansiedades nos jasmins. Cumprem o destino de florirem ao seu tempo e de se despedirem do viço quando é chegada a hora. São simples.

Não querem outra coisa, senão a necessidade de cada instante. Não há desperdício de forças, não há dispersão de energias. Tudo concorre para a realização do instante. Acolhem a chuva que chega e dela extraem o essencial. Recebem o sol e o vento, e morrem ao seu tempo.


Simplicidade é um conceito que nos remete ao estado mais puro da realidade. A semente é simples porque não se perde na tentativa de ser outra coisa. É o que é. Não desperdiça seu tempo querendo ser flor antes da hora. Cumpre o ritual de existir, compreendendo-se em cada etapa.


Já dizia o poeta: "Simplicidade é querer uma coisa só". Eu concordo com ele. O muito querer nos deixa complexos demais. Queremos muito ao mesmo tempo, e então nos perdemos no emaranhado dos desejos. Há o risco de que não fiquemos com nada, de que percamos tudo.


Aquele que muito quer corre o risco de nada ter, porque o empenho e o cuidado é que faz a realidade permanecer. O simples anda leve. Carrega menos bagagem quando viaja, e por isso reserva suas energias para apreciar a paisagem. O que viaja pesado corre o risco de gastar suas energias no transporte das malas. Fica preso, não pode andar pelo aeroporto, fica privado de atravessar a rua e se transforma num constante vigilante do que trouxe.


A simplicidade é uma forma de leveza. Nas relações humanas ela faz a diferença. O que cultiva a simplicidade tem a facilidade de tornar leve o ambiente em que vive. Não cria confusão por pouca coisa; não coloca sua atenção no que é acidental, mas prende os olhos naquilo que verdadeiramente vale à pena.


Pessoas simples são aquelas que se encantam com as coisas menores. Sabem sorrir diante de presentes simbólicos e sem muito valor material. A simplicidade lhe capacita para perceber que nem tudo precisa ter utilidade. E por isso é fácil presentear o simples.


Dar presentes aos complicados é um desafio. Não sabemos o que eles gostam, porque só na simplicidade é possível conhecer alguém. Só depois que as máscaras caem pelo chão e que os papéis são abandonados a gente tem a possibilidade de descobrir o outro na sua verdade.


Eu gostaria de me livrar de meus pesos. Queria ser mais leve, mais simples. Querer uma coisa só de cada vez. Abandonar os inúmeros projetos futuros que me cegam para a necessidade do momento. Projetos futuros valem à pena, desde que sejam simples, concretos e aplicáveis. Não gostaria que a morte me surpreendesse sem que eu tivesse alcançado a simplicidade. Até para morrer os simples têm mais facilidade. Sentem que chegou a hora, se entregam ao último suspiro e se vão.


Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida, a felicidade chegará em minha casa, quando eu menos esperar.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

QUANDO A NOSSA QUERITE SECA O QUE FAZER?


Leia 1 Reis 17.1-7

Elias apareceu de repente sem maiores credenciais. Foi cumprir uma difícil missão, enfrentar a maior autoridade de sua época e anunciar-lhe a palavra do Senhor prenunciando anos de seca. Parece fácil a missão de Elias. Mas certamente não gostaríamos do que lhe sucedeu. Foi perseguido com pena de morte decretada por tal afronta contra o reino de Israel, sob a barba do rei Acabe.

Deus lhe deu refúgio enviando-lhe para um lugar deserto, mas seguro, junto ao pequeno riacho de Querite. Ele foi e estranhamente ficou sendo sustentado por “garçons” nada apreciáveis, corvos que lhe traziam pão e carne cada dia do seu solitário refúgio. Como poderia ficar num “hotel de luxo” sustentado com restos de alimentos conseguidos por aves de rapina?! Estranho o que Deus faz com os seus melhores servos.

Diferente do que aprendemos hoje: “Sou filho do Rei, prosperarei!”

Não é sempre com mordomia que Deus nos sustenta. Verdadeiros servos de Deus devem ter vida simples e acostumada às privações, igual a Elias, Moisés, Jesus e Paulo.

Como se não bastasse às limitações do momento e as perseguições de Acabe, a pequena fonte de Querite secou. Tudo bem que o sanduíche do dia estivesse garantido, mas sem água como engolir?

Deus tem propósito em tudo que nos acontece. Se Querite não secasse, Elias ficaria ali por tempo indeterminado sem experimentar da seca que assolava seu povo.

Mas Deus faz Querite secar forçando seu servo a ir em frente. Muito mais havia para ele realizar.

Somos iguais a Elias, Tiago já nos dizia que ele era igualzinho a nós, sujeito às mesmas paixões (Tg 5.17). Mas devo dizer que temos mais paixões que Elias.Se nossa Querite se secar devemos ir em frente.

Se nossa Querite secar é porque há mais para fazer adiante. Quando nossa Querite seca é porque Deus tem mais para nós bem ali adiante. Querite secando livra-nos da acomodação. Querite seca não que dizer que é o fim, mas o começo de novas e extraordinárias experiências com o Deus que tudo provê. Benditas secas as da nossa Querite.

Não se lamente quando a sua Querite secar. Ore a Deus e pergunte sobre o que virá adiante de si. Agradeça por ter sido milagrosamente sustentado até aquele momento. Ainda que não tenha sido do modo que esperava. Mas uma coisa você aprendeu: Deus faz tudo bem,e nas suas mãos e propósitos podemos confiar. Avante!

PR. Carlos César Januário Pastor da PIB de Rio Novo, Ipiaú-Ba.Presidente da Convenção Batista

quarta-feira, 16 de junho de 2010

LUGARES DA HABITAÇÃO DE DEUS.


Quando Deus formou o homem do pó da terra (Gênesis 2:7), disse ele: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gênesis 1:26), e assim o fez. Que privilégio para o homem ser feito à imagem e semelhança da santidade de Deus e, semelhantemente, da sua misericórdia, bondade, amor, etc. Deus preparou um local para o homem habitar. Um local especial chamado Éden. Deus providenciou, em sua sabedoria, um lugar santo, onde o pecado não existia, um local onde sua imagem e semelhança, espiritualmente falando, habitaria, e assim o fez (Gênesis 2:8). O Senhor detalhadamente descreveu esse lugar em Gênesis 2:8-14. Eu gostaria que você analisa-se cuidadosamente a riqueza. Não é por menos. Quem habitaria ali era o Senhor, Deus Único (Gênesis 3:8). O Éden era um verdadeiro santuário até a introdução do pecado por Eva e Adão (Gênesis 3:6). Deus já estava começando a mostrar seu plano, que era habitar juntamente com seu povo, sua criação. Mas o homem foi lançado fora do jardim (Gênesis 3:23). O plano do Senhor prosseguiu, ele querendo mostrar para o homem a importância de sua habitação. Chegando no livro de Êxodo, o Senhor, semelhantemente, mostra ao povo a riqueza, a pureza e a santidade de sua habitação através do tabernáculo (Êxodo 40:34-35). A glória do Senhor encheu o tabernáculo. Olhe bem cada detalhe que o Senhor descreveu a Moisés em Êxodo 25-27: a arca, o propiciatório, a mesa, o candelabro, as cortinas, a coberta de peles, o véu das colunas, o átrio, o altar, os utensílios. Olhe cada detalhe, como o Senhor nos mostra a riqueza onde ele habita--um santuário rico por sua presença, tanto que o sumo sacerdote entrava na presença do Senhor uma vez por ano. O plano de Deus continua, agora através de Davi e seu filho, Salomão, na construção para o Senhor (2 Samuel 7:1-5). Através de Salmoão, o templo foi construído. Preste, também, muita atenção em cada detalhe de sua riqueza (1 Crônicas 29:1-9). Davi reúne o povo para ofertar e ajudar Salomão na grande obra. Por quê? Era um palácio para o Senhor Deus, mas o plano de Deus não parou. O Senhor estava mostrando para seu povo que sua habitação não seria numa tenda, ou tabernáculo (2 Samuel 7:6), e também não seria no templo, algo santificado para ele, mas imóvel, algo parado (veja 2 Crônicas 6:18). O Senhor, através de Cristo, nos mostra claramente onde seria sua habitação. Seria algo que ele mesmo criou, não algo feito por mãos humanas (Atos 17:24). Jesus, quando entrou no templo em Jerusalém, encontrou como se fosse um mercado (João 2:13-22), e expulsou todos do templo e disse: "Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei" (João 2:19). Ele não estava falando do templo e, sim, do santuário do seu corpo. Quando pedi para você analisar cada detalhe de Gênesis 2, Êxodo 25-27 e 1 Crônicas 29, foi para que você pudesse olhar como Deus mostrou seu plano, sua presença e sua santidade. Hoje, o Senhor nos constituiu casa espiritual (1 Pedro 2:5), santuário de Deus (1 Coríntios 3:16-17), casa de oração (Mateus 21:13). De acordo com toda aquela riqueza do Jardim, do tabernáculo e do templo, você, como santuário de Deus, sente essa mesma riqueza? Sente a importância de ser feito à imagem do Senhor? Olhe bem o que você está fazendo com seu corpo. Ele tem que ser dedicado ao Senhor (Efésios 2:21; Romanos 12:1-2). Eu gostaria de encerrar sugerindo um pouco mais de leitura. Sei que são vários trechos, mas também sei de sua dedicação. Leia 1 Timóteo 4:13, e olhe bem 1 Pedro 1:13-21. Que o Senhor nos abençoe.
- por Alexandre Ferreira

sábado, 5 de junho de 2010

O exemplo do Calvário


O primeiro trabalho conjunto entre Deus e o ser humano aconteceu logo no início da criação: “Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.” (Gênesis 2.19). A partir daí, nunca mais o Senhor realizou qualquer feito na Terra sem a participação da Sua criatura.

Pode-se notar em todos os milagres bíblicos a participação conjunta de Deus com o ser humano. Vejamos: Noé construiu a arca, Deus enviou o dilúvio; Abraão obedeceu à Sua Palavra e Ele o abençoou todos os dias de sua vida; Jacó trabalhou duro e o Senhor o prosperou e o tornou mais rico que seu patrão. José não negou sua fé nem sua fidelidade a Deus, e o Senhor o elevou de escravo a governador; Moisés estendeu o cajado e Deus abriu o Mar Vermelho; Josué rodeou as muralhas de Jericó 13 vezes e o Senhor as derrubou e, quando ordenou que o Sol e a Lua ficassem retidos, o Senhor honrou sua fé. Davi enfrentou Golias e o Senhor lhe deu a vitória; Daniel manteve sua fidelidade a Deus e o Senhor o livrou dos leões. O cego clamou e o Senhor Jesus o ouviu; Pedro usou o nome de Jesus e o coxo ficou curado...

É tremendamente importante para o cristão ter consciência de que é um parceiro de Deus aqui na Terra. O apóstolo Paulo, pelo Espírito Santo, afirma: “Porque de Deus somos cooperadores...” (1 Coríntios 3.9). Não se trata de ser apenas um servo, mas um servo-parceiro. Em termos práticos, isso significa dizer que qualquer ação de Deus na Terra tem de ter a cooperação humana.

A falta desse discernimento, por parte da maioria cristã, tem-na feito miserável neste mundo, mesmo crendo no Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, pois ela tem esperado que Deus mude sua vida num “passe de mágica”, e isso jamais vai acontecer. Ele nos dá condições de fazer a nossa parte e espera que nós a realizemos, porém jamais Ele irá fazer a nossa parte!

O cristão tem de saber que viver pela fé é agir com a certeza de Deus no coração. Deus capacitou Josué para entrar na Terra Prometida, desalojar seus moradores intrusos e habitar nela. Não foi Deus quem venceu os cananeus, mas, sim, Josué! Quer dizer: a parceria entre Deus e Josué fez os filhos de Israel tomarem posse daquela terra. A maioria dos cristãos pensa errado em relação aos milagres divinos; por isso, fica vivendo uma vida amarrada, esperando a “mágica” divina. O fato de ser fiel à igreja e manter uma vida condizente com a fé cristã não é suficiente para que se tome posse dos benefícios da fé. É preciso tomar atitudes, seguindo o exemplo do Calvário de negar a si mesmo, agir a fé e praticar a certeza que se tem no coração, do contrário, nada acontecerá.

O Senhor Jesus é o Autor e Consumador da fé; é Ele, através do Seu Espírito, quem nos dá a fé, mas a ação e a atitude têm que partir de nós.

Basicamente, essa é a parceria entre o Senhor e o servo. Deus nos dá a certeza e espera que a usemos; caso contrário, Ele não poderá fazer nada. Por exemplo: Ele nos dá a certeza do Seu perdão se confessarmos nossos pecados. Tudo o que temos de fazer é confessá-los. Mas se continuarmos esperando Seu perdão sem nossa confissão, não alcançaremos o perdão.

A pessoa recebe a fé de Deus, mas tem de colocá-la em ação; do contrário, nada será feito. Quando o Espírito afirma que somos cooperadores de Deus, significa dizer que somos parceiros d’Ele, tanto nas conquistas pessoais quanto na administração deste mundo. Para tanto, Ele nos deu o domínio sobre toda a Terra (Gênesis 1.26). Este é um fato incontestável. Mas, se não usamos a autoridade conferida por Ele, isso é outro problema.Não adianta ficarmos esperando Deus fazer o que é nossa obrigação fazer. Em toda a Bíblia, vemos a necessidade da sociedade do homem na realização dos Seus milagres. Trata-se de uma condição determinada pelo Senhor desde a criação. O povo de Deus tem de se conscientizar disso, a fim de não ficar à toa, esperando as promessas divinas caírem do Céu.

Deus abençoe abundantemente

terça-feira, 1 de junho de 2010

A cada dia basta a sua preocupação .




Uma das coisas que nos atormentam muito é ficar cultivando temores. Medo do dia de amanhã: o que acontecerá comigo? Com minha saúde? Com meus filhos? Com meu casamento? O que vai acontecer com a minha família? O que acontecerá com meu pai, com minha mãe? Terei dinheiro e possibilidades? Somos viciados em curtir medos, e Jesus nos diz: não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos.

No sermão da montanha, o Senhor nos diz claramente: a cada dia basta a sua preocupação.

Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã: o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal (Mt 6,34).

Jesus poderia dizer também: "problemas sempre os tereis". Por isso não precisamos ficar preocupados com os problemas futuros, já temos o problema nosso de cada dia. Quando chegar o dia de amanhã, haveremos de enfrentar o problema de amanhã. Hoje nos ocupamos dos problemas próprios do dia de hoje, sem nos preocupar com os problemas que ainda não existem.